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Lavanderia do Quarenta garante a sobrevivência de mulheres do bairro

Andréa Garside

No Bairro do Quarenta, em Campina Grande, existem pessoas que trabalham e sustentam suas famílias numa das profissões mais antigas que existem, que é a de lavadeira de roupa. São mulheres que desde a juventude estão nesta profissão para ajudar a pagar as contas da casa e alimentar seus filhos.

Todos os dias elas acordam às 6:00 horas da manhã e se deslocam para a lavanderia pública do bairro, onde passam o dia todo lavando e passando as roupas de outras pessoas. Cada lavagem lhes garantem de trinta a quarenta reais, dependendo do tipo e da quantidade de roupas, o que totaliza no final de cada mês, pouco mais de um salário mínimo.

Hoje em dia são 35 lavadeiras cadastradas na lavanderia pública do Quarenta, e muitas delas já trabalham lá desde a sua fundação, há cerca de 50 anos atrás, durante a gestão do prefeito Severino Cabral.

A lavanderia encontrava-se há alguns anos totalmente acabada, mas há cerca de um ano foi reformada pela Prefeitura, o que não garantiu que a lavanderia tivesse o apoio do prefeito, pois segundo as lavadeiras, são elas que matêm a lavanderia com um bom funcionamento, ou seja, são elas que limpam, consertam, e organizam tudo que acontece por lá, e isso só é possível, devido a contribuição no valor de dois reais, que cada uma dá todo mês, e que fica na responsabilidade de uma tesoreira, que também é lavadeira.

As senhoras que lá trabalham não estão sozinhas no exercício da profissão, haja visto que muitas delas são acompanhadas por suas filhas que seguindo os passos das mães, se tornam lavadeiras, garantindo que a profissão de lavadeira perdure por mais anos e anos sem perder seu valor.

Andréa Garside